31 dezembro 2005

Ensino: Debate permanente

Não é por não ser técnico de Educação e Ensino que me deva excluir de um dos debates mais urgentes para Portugal neste momento.

Algumas das questões que têm a ver com os nossos déficites de desenvolvimento exigem medidas cujos resultados não são imediatos, estão neste caso, a Educação e o Ensino. O êxito de qualquer medida ou reforma, deveria exigir a necessidade de acompanhamento constante e avaliação permanente ao longo de anos, para além do pragmatismo por parte das forças políticas que venham sucessivamente a lidar com essas alterações, o interesse dos pais e um empenhamento genuíno dos alunos, mas não só, também o cidadão comum, contribuinte, deveria não perder de vista o resultado da aplicação dos seus impostos, fiscalizando, de forma a manter em alerta todos os operadores deste sector, tão neglicenciado ao longo dos últimos tempos em Portugal.

Grande parte do nosso esforço, deveria estar para aqui a convergir, sem que isto queira só dizer mais dinheiro, embora, também nada se consiga se não se considerar que foram décadas e décadas de abandono e falta de investimento. Acho que se for possível ter uma sociedade cívil actuante que queira, dentro da sua esfera de acção, participar no debate dos graves problemas do Ensino, é também possível ajudar e mobilizar alguns agentes que, ou muito me engano, ou o único motivo que têm neste momento, é um emprego. Se, de alguns professores conhecemos a sua impreparação e/ou vocação, de outros sabemos como se conseguem exceder nas condições em que trabalham. Isto leva-me a um pensamento recorrente que é o da dignificação da carreira de professor. Não me parece que seja possível alcançar os objectivos sem que o professor volte a ter o estatuto profissional que já teve e merece, numa cadeia hierárquica de profissões (não confundir com estatuto remuneratório), o que implica obviamente separações de trigo e joio. Como não sou professor, isto não é corporativismo!

Aquilo que deveríamos conseguir era um debate permanente à maneira de uma sociedade evoluida. Deveríamos conseguir obter mais prime time e primeiras páginas desta questão e menos de futebol celebridades e quintas, porque os gostos e isto é mais do que sabido, também se educam. Chegamos então a um sector incontornável: a Comunicação Social. Não é possível fazer hoje alguma coisa com a rapidez que se exige sem este poderoso meio. Sabemos como andam muitas vezes ao sabor de interesses circunstanciais, mas sem que este grande veículo se disponha a servir de comunicador não é possível chegar lá com a pressa que queremos.


Vem isto a propósito do lançamento da nova revista sobre Educação e Ensino, “Pontos nos ii”, do Jornal O Público, no dia 10 de Janeiro, dirigida pelo Professor Santana Castilho. Aqui está um exemplo da aplicação possível do que dizíamos e que há agentes empenhados cujo conhecimento não podemos desaproveitar, com propostas válidas para o debate que o sistema educativo exige e para a aplicação urgente que todos os anos tarda.

27 dezembro 2005

A entrevista de Cavaco.

Deu-me vontade de emitir este post logo que ouvi a notícia, mas aguardei para ver se estaria a ouvir ainda ensonado. Estamos numa altura da campanha em que cada candidato escolhe com critério as suas intervenções. A entrevista de Cavaco não saíu agora por acaso, o candidato não disse aquela por engano e os apoiantes de Cavaco esperam isto mesmo dele, trata-se de começar a tempo a definir as coisas, e quanto mais depressa se assumir a revanche menos custa a admiti-la, talvez isto seja mesmo um teste ás sondagens, acresce que a posse e a direcção dos media não se importa nada com este tipo de visão sobre o exercício dos poderes presidenciais, e, ou nosso povo arregaça as mangas ou teremos desta vez um caso bicudo na nossa democracia.

É que depois de tudo o que se disse sobre as “derivas” e as “tentações” é estranho, ou não, que o candidato enfie mesmo por esse caminho. É mais ou menos como abrir o caminho à força: - a partir de agora sabem que as coisas são assim.


Mas pior, é que alguém vote para a Presidencia da República do seu país, uma pessoa que manifestando uma confrangedora falta de humildade perante o conhecimento, e uma enorme arrogância intelectual e científica, consiga dizer que: raramente tem dúvidas e que nunca se engana.

VAMOS A VOTOS!

No Almoço da Igualdade (de Homens e Mulheres, mas não só Mulheres...) na Cervejaria Trindade confirmei que os apoios de Manuel Alegre são do mais sincero que tenho encontrado em eleições. Nas campanhas eleitorais onde se vê um grande entusiasmo à volta dos candidatos, essa força parece vir mais do elan colectivo que a gera, do que da convicção interior de cada um. Há nessas grandes convenções, como que um frenesi colectivo contagiante, diria até, um suporte semelhante ao do fenómeno religioso. Isto não vale para dizer que uns são votos bons e outros são votos maus, apenas que cada um deles encerra um determinado tipo de convicção.

Ao meu lado estava um desses apoiantes convictos. Votos destes devem ser ouro para qualquer candidatura, a sinceridade estava-lhe estampada no rosto, como se pode ver nestas linhas simples que tinha escrito e que me ofereceu. Aqui ficam:

VAMOS A VOTOS
Tenho um saco cheio de livros.
Ando com esse saco às costas.
Lá dentro, está muita coisa de que gosto.
O saco está fechado.
Não sei como se abre, mas, há-de abrir-se.
Estão lá trabalhadores, Democracia, amores.
Desejos, direitos e tudo de todas as cores.
Dentro do saco, esvoaçam, tentam sair, desejam Liberdade.
Querem abrir as suas asas e voar.
Estão lá muitas histórias. Reais.
Fome, miséria, glórias, caçadas e caçadores, sofrimentos e muitas dores.
Tanta História lá dentro.
Tantos sonhos, alegrias, recordações, perseguições.
Não consigo abrir o saco. Já tentei várias vezes.
Alguém terá de o abrir. Só eu não consigo.
Já me doem as costas, mas não largo o saco.
Ele, há-de abrir-se e os Poemas, ideias, convicções, hão-de abrir asas e voar.
Porque já espreitei… e lá dentro estás tu, os teus Poemas.
Voa Poeta.
Abre o saco, Manuel Alegre!

Texto de: José Martins
Galamares

23 dezembro 2005

Berardo! Até que enfim...

Joe Berardo? Um exemplo de tenacidade que muitos desconhecem. Mais dia menos dia cai a sua Quinta da Bacalhôa, por guerras de alecrim e manjerona, voa o seu enorme espólio em pintura e escultura para o estrangeiro por outros compadrios nacionais. São exemplos sem uma reflexão especial, mas se quisermos fazer uma lista, ela é imensa.


Era assim tão difícil? Era preciso sujeitar a Nação à vergonha de ameças da sua saída para o estrangeiro? Em quantas mãos andou este processo para resolver que não tivesse passado por uma que se apercebesse do enorme valor desta obra e do carinho com que devería ser tratada? O que é que teremos de chamar a quem não conseguiu resolver esta questão de interesse nacional, antes de Sócrates e da Ministra da Cultura? Não será: I-n-c-o-m-p-e-t-e-n-t-e-s! O problema, é que esta incompetência vai fazer parte do rol dos nossos atrasos e quando eles vêm pela iliteracía e analfabetismo que remédio, temos que aceitá-los. Agora, gente com formação específica para os cargos que ocupa?! Bem pagos?! Que não conseguem ter o alcance para resolver a questão enquando esteve colocada?

Destes, tenho vergonha! Do nosso povo não.

22 dezembro 2005

Natal sem Postal

Amigos. O mundo já não é o mesmo de quando nos conhecemos e fizemos as nossas velhas amizades. Andamos tão depressa e a voracidade com que a humanidade consome o progresso é tal que nos empurra para esta vertigem que quase nos escondeu a forma como os nossos filhos cresceram.

Chegamos aqui depressa de mais. Não tivemos ainda tempo de aprender a seleccionar as coisas que evitariam que caíssemos neste vórtice. A nossa sociedade – a portuguesa - também não nos ajudou e não criou, ao contrário de outras, mecanismos de convivência social, cultural etc., que amortecessem o impacto e evitassem este espartilho em que nos metemos.

Até por isto o antigo postalinho de Natal, por exemplo, está cada vez mais arredado da vossa prática, esquecendo como é confortante aquela lembrança dos amigos. Agora são electrónicos. Mas é como os livros, nunca vão acabar, nós precisamos de os “ter” de os sentir nas mãos. Não se apoquentem, conheço a razão e eu próprio tinha prometido este ano não deixar os últimos que ainda insistem, perderem a tradição. Mas falhei outra vez e eles são capazes de a perder também, como vocês.

Prometam-me como eu prometi: pró ano não há mais SMS nem emails que substituam o nosso Postal de Natal.

Um Santo Natal para alguns. Um Feliz Natal para outros, e para os Mouros do Sul, basta-lhes um grande abraço.

18 dezembro 2005

Blogs em estratégia.

Sendo esta a grande arma que substitui a falta de apoio partidário e para que continue a aumentar o crescimento e a eficácia dos blogs de apoio a Manuel Alegre, é fundamental que cada um redobre a sua actividade nesta tarefa em que nos metemos por empenhamento pessoal, sem directivas emanadas de algum directório, sabendo que estamos com um dos movimentos mais interessantes depois do 25 de Abril, também pela sua transversalidade, como veremos em Janeiro.

Cada um saberá como fazê-lo desde que a mensagem chegue. Devo sublinhar a importância da criação do blog pivot criado apenas para este efeito, o Alargar a cidadania, aqui explicado que torna esta rede possível sem que seja necessário que cada um crie a sua rede de links. Cumpre esta tarefa de varrimento do que se vai publicando, mas este efeito de rede só funcionará se cada um exibir com evidência o respectivo link http://alegrepresidente.blogspot.com/ . Assim, os blogs em estratégia poderão cumprir a função de alargar eleitorado e de demonstrar, apesar da falta de apoio partidário que Alegre é o candidato mais bem posicionado para derrotar Cavaco.

Faltará depois a visibilidade pública. Isso é mais complicado porque não há quem nos ofereça autocarros alugados para acompanhar o candidato... Contamos só com a verdade e a transparência deste Movimento.

17 dezembro 2005

...é isto que eu penso!

Manuel Alegre afirmou que “assumir a liberdade pessoal é uma coisa incómoda”. E salientou que a Constituição reconhece a democracia participativa, mas que, de cada vez que alguém ousa participar, logo se diz “aqui d’el-rei, que está contra os partidos. Quem é contra os partidos, concluiu, é quem dentro dos partidos afunila a democracia”.

Copy/Paste do blog oficial de Manuel Alegre. Clique no texto e leia o resto da entrevista.

Rendas. Abaixo-assinado.

A Comissão de Inquilinos de Campo Grande Alvalade está a fazer-nos uma comunicação que se resume mais ou menos nisto:

Como se viu na comunicação social, a única alteração de relevo à proposta de lei das rendas que vai ser aceite pelo PS é a que se refere aos inquilinos com mais de 65 anos e menos de 5 salários mínimos que terão direito a subsídio ( a regular em diploma posterior...). A lei vai ser votada dia 21 de Dezembro às 18h. Como combinado, vamos encontrar-nos para assistir à votação.

Na Associação de Moradores do Campo Grande, à Rua Branca Gonta Colaço, encontra-se um abaixo-assinado para o Presidente da República para não promulgar a Lei, com o texto que segue:.

Ao Exmo Senhor Presidente da República,

1. Considerando que o Governo não fez acompanhar a Proposta de Lei do Novo Regime do Arrendamento Urbano dos diplomas relativos à determinação do Rendimento Anual Bruto Corrigido, à determinação do Coeficiente de Conservação e à atribuição do subsídio de renda

2.Considerando que com esse procedimento levantou um coro de protestos de toda a oposição e das organizações de inquilinos porque impediu que se avaliasse a exacta medida do impacto social da Lei, nomeadamente sobre as familias de menores rendimentos e sobre os idosos

3. Considerando que, por esta forma, toda a discussão pública em torno da proposta de lei ficou cerceada em relação ao total conhecimento dos direitos e deveres, e suas implicações, da Lei do Arrendamento

Os cidadãos abaixo-assinados solicitam a V. Exª que não promulgue a Lei, devolvendo-a à Assembleia da República para que esta se pronuncie sobre a legislação no seu conjunto e acautele as graves implicações sociais da Lei, permitindo uma real discussão pública da mesma.

Dia 12 de Janeiro às 18h30, haverá uma nova reunião na Escola Eugénio dos Santos e neste dia devem ser entregues os abaixo-assinados .

16 dezembro 2005

A Herança do carácter.

Manuel Alegre, em “Cão como nós”, da Planeta DeAgostini, referindo-se ao filho Francisco que se encontrava em missão em Timor:

Quando o mais velho esteve em Timor, nos dias terríveis da Unamet o telefone tocava de madrugada.
...
E quando alguém telefonou e nos disse – Pedimos vonluntários para continuarem na Unamet e o vosso filho foi o único que se ofereceu – mesmo então, quando a minha mulher e eu nos abraçamos, mesmo então, quando eu disse ao cão – O nosso Francisco é um valente – tenho a certeza que ele partilhou connosco a angústia e o orgulho, o medo de o perdermos e o orgulho de sabermos que ele estava a fazer o que devia
. “

11 dezembro 2005

Os efémeros Silvas.

Haverá alguém no Partido Socialista que perceba que ao hostilizar Manuel Alegre com as últimas declarações, estão eles próprios a dilacerar o PS? Haverá alguém que diga a esse Senhor Silva, Ministro de Não Sei Quê que em vez de se por em bicos de pés a apresentar Mário Soares (Telejornal da SIC, 20h00, d'hoje) e a zurzir sorridente em Manuel Alegre deveria percerber que estava a zurzir na história do Partido e numa grande parte dos seus últimos votantes? Ou o seu arrivismo não lhe permite perceber que quem está com Alegre também votou PS e se sente hostilizado? É que de Alegre nós sabemos que teve de andar pelas Argélias em defensa da sua Pátria e da democracia neste país. E deste Silva? O que é que nós sabemos que lhe dê o direito de rir sarcástico de um militante histórico que gosta mais cem vezes do seu Partido do que ele?

Senti-me ofendido, mas mais grave, é uma grande parte do Partido Socialista estar a ficar perigosamente centrifugada com estas declarações babadas. Era tudo muito simples se percebessem que o que está a acontecer é Democracia e não fidelidade canina. O gosto deste movimento já não sentia há muito. Será isto que rói estes novos arautos da Républica?

Meus amigos, não sou claramente o típico simpatizante de Partido porque as minhas liberdades não mo permitem e porque sempre tive medo de me defrontar num partido com estas alarvidades, nunca desde o 25 de Abril me envolvi tanto numa causa politica, que não partidária, e declaro hoje, com a solenidade que este espaço virtual me permite que considerei esta uma afronta que me vai impelir a estar com Manuel Alegre sempre e onde ele estiver, porque são estes os Portugueses de que me orgulho e não esses efémeros Silvas sem pedigree nem história e muito menos futuro.

Ainda o "Cavaco vs. Louçã"

Não consegui ver o debate e da repetição só vi um extrato. Mas uma familiar dizia-me que estava preocupada com Cavaco porque lhe parecia que alguma coisa estava errada nele e o senhor “não estava bem” (a expressão não foi esta mas se uso o termo sou acusado de jogo baixo). A pesquisa deu-me então nota do que terá acontecido. De vários comentários destaco o primeiro que vi e que foi trazido pelo Alargar a cidadania que funcionando em rede divulgou o resultado da boa parceria proposta por Besugo do Bolgame Mucho a João Tunes do Agua Lisa. Click no link e lei o resto:
...
Partilhando a mesma mistificação, com Louçã a dar um contributo equívoco mas muito útil á desmontagem do mito Cavaco, mediram-se competências na centralidade que Cavaco escolheu como refúgio das suas insuficiências políticas – a solução dos problemas económicos e financeiros (como se o PR fosse, ou pudesse ser, um Super Ministro da Economia e das Finanças). E nesse campo, o deputado bloquista e candidato para marcar o ponto, mostrou que, mesmo que a tresmalhice de Cavaco tivesse cabimento, faria o lugar com muito mais competência, sensibilidade social e política, dominando até mais informação (Cavaco propôs estudo já feito e conhecido sobre a sustentabilidade da Segurança Social!).

Já são muitos a ter visto o mesmo, logo, parece que Cavaco ”não estava bem”.

Aguente-se Camarada!





Dos muitos votos que dei nestes anos alguns foram em Soares, mas nem sempre, porque as minhas utopias estiveram sempre vigilantes. Fiquei por isso sem palavras com o reclamar da demissão de militante do velho amigo. Inconcebível! Uma lástima, para ele próprio, porque esta declaração deverá até resultar em favor de Manuel Alegre. De repente lembro-me de Salgado Zenha. Porque será?

Veja o que Luis Novaes Tito disse nesta carta ao Camarada Mário Soares, no Tugir sobre estes dilaceramentos gratuitos.

10 dezembro 2005

Quem nos defende?!...


O Presidente da Junta?
O Director dos Serv. de Higiene Urbana?
O Comandante da Polícia Municipal?
O Delegado de Saúde?
O Presidente da Câmara?
O Primeiro Ministro?
Ou Sua Excelência...
Hummm...

É grave que responsáveis pela defesa destes atentados à saúde pública, ao bem estar e ao património, sejam mais permeáveis aos direitos dos animais do que aos nossos. Se nos dizem que estão a actuar e se os bandos destes ratos alados continuam a aumentar o que querem que se diga que nos estão a dizer?

Imperdoável...

Os dirigentes do futebol, teinadores, árbitros e os portugueses em geral, têm que ser implacáveis com a boçalidade destes meninos mimados e mal educados que exibem uma enorme falta de respeito por todos dentro de um campo de futebol, onde só estão e só jogam porque os espectadores lhes pagaram para isso.

É imperdoável! Ronaldo veio a sua casa acompanhado de estrangeiros, exibir com arrogânicia e má educação a sua falta de capacidade de jogar em equipa, acabando por nos tratar mal a todos diante dos nossos convidados. Palavra que me senti humilhado com aquele comportamento. Provavelmente já alguém fez o paralelismo desta atitude estar a anos luz daquela que Figo teve diante dos adeptos do Barça no seu primeiro jogo de regresso com o Real e aí esteve em causa a sua integridade física. Por esse, tive como Português orgulho no seu comportamento brilhante. Volta Figo estás perdoado, mesmo que seja para o Sporting outra vez.

Um jantar em Oeiras.

Fui jantar com o “Presidente”!... Tinha que saber como eram de perto os seus apoios, como funcionavam as pessoas na sua proximidade que calor humano e verdade o envolviam. Conhecendo o oportunismo que faz agregar apoios aos candidatos dos regimes, como estariam agora os apoios residuais do candidato Manuel Alegre, depois das clivagens que se conhecem? Teriam os pedantismos achado que aquele também era o seu candidato? Com que alegria estaria a receber esta manifestação expontânea de um eleitorado que ama mais do que todos, a liberdade de escolha.

Independentemente dos resultados de Janeiro, um já conseguimos: estamos a alargar a Cidadania, a perder velhos receios e a renovar o conceito de Pátria, através da firme mensagem de Manuel Alegre. A democracia não se esgota de facto nos partidos e há até mais formas consignadas na nossa constituição, sem que isto queira ser anti qualquer coisa. Não o perceber e esquecer os perigosos alheamentos do cidadão, traduzidos na abstenção, é que é tapar o sol com a peneira.

04 dezembro 2005

Adesões genuínas


O telefone tocou. Era o Diogo, um amigo dos filhos e da casa, a perguntar-me se não tinha uma proposta para a candidatura de Manuel Alegre. Tinha sabido pelo meu filho e também queria subscrever. Combinámos não só a entrega das proposituras como a forma como poderia ser útil neste processo. Quando um jovem leader e fogoso como este se dá ao trabalho de procurar como e onde pode ajudar, alguma coisa de verdadeiro está a passar por este lado.

Não sou já o primeiro a referir que não sentia desde o 25 de Abril de 1974 um movimento tão expontâneo e genuino como este que está a acontecer com Manuel Alegre.


- Amanhã vamos lá Diogo. Vamos confirmar que o tempo dos Escuteiros valeu a pena e que a tua geração não é rasca!...

01 dezembro 2005

Ibérico? Eu?

Uma equipa de futebol portuguesa jogava há tempos a final de uma taça importante. O comentador espanhol relatava o insucesso da equipa portuguesa. Quando demos a volta ao jogo, deixou de ser a nossa equipa e o comentador passou a tratar os nossos rapazes pela ...equipa Ibérica!

Ibérico? Eu? Alguns talvez! Os “vasconcelos”!


Ou o 14 de Agosto e a lenda da nossa Brites de Almeida, de Aljubarrota, foi em vão?
E o 1º de Dezembro de 1640, a razão deste feriado também foi uma inventona? Já me bastou Olivença! E agora as Zara’s... Mais a TVI que também não escapou!
Viva o 1º de Dezembro!
Porque não?

Alegre: palavras limpas...


“...Que cépticos e inseguros nos tornamos que preferimos homens hirtos na expressão da afectividade, esquálidos de horizontes, que lêem e vivem sempre a História de perfil; homens severos que nos oferecem livros tristes, cheios de números, pálidos de Humanidade, que foram ungidos em doutas reuniões onde se costumam atemorizar os cidadãos incautos com leis sem alma e normas cegas, que têm conduzido a sociedade à vertical do desespero!”
...
“...Precisamos de sair do Portugal mesquinho e medíocre, do provincianismo dos homens providenciais; precisamos de rasgar a abulia, a ignorância e o pessimismo, de nos amarmos como Pátria, de sermos Homens de palavras limpas. E quem melhor do que um poeta para o corporizar, no topo da pirâmide, em nosso nome?!”


Muito bom José Dias Egipto no oquadrado, leia o resto de: Um poeta na Presidência.