30 junho 2011

Combater com... a alma!

Um repórter interrogando uma jovem que combatia na trincheira de uma praça de Atenas:
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- What are you doing?
- We are fighting. This is a war, a war of people. We are people, they are people.
- But, they have guns!
- Yes!
- And you have no guns!
- Our guns are our souls…


Há nesta resposta a indicação de um mundo que afinal (r)existe. O Maio de 68 continua por aí com o melhor do que foram os seus princípios. Por muito que custe a alguns é preciso continuar a acreditar nos jovens.

25 junho 2011

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Os Nacionais Oportunismos - II

Fui à fruta à horta “nacional” do Belmiro. Numa das bancas centrais contei quinze variedades de fruta, apenas três eram nacionais e destas três, os figos estavam lado a lado com figos iguais espanhóis, (in)justa concorrência. Algumas placas de preços informam a origem, outras, dificultam-nos a vida e mandam-nos “Ver rótulo”, foi o caso destes pêssegos: espanhóis de origem com o código nacional 560. Se formos na conversa de comprar nacional pelo código de barras, não estaremos por vezes a ser meio enganados? Digo meio, porque admito que estes melocotones espanhóis tenham adquirido a nacionalidade e virado pêssegos portugueses através de alguma manipulação de embalamento, ou coisa assim. Cuidado com o Código 560…

23 junho 2011

Portugueses: Alegrai-vos! Há afinal uma crise.

Mas cuidado!



Foi este neo-liberalismo que incentivou os egoísmos fomentadores da exploração do ser humano, e verificando-se agora a falência dessa política, teima em não reconhecer que falhou também como alternativa de um sistema politico-económico para a humanidade. Caiu um muro, mas levantaram-se muitos outros, incentivados pela ganância da exploração do El dorado. Poderiam ao menos as religiões servir para alguma coisa, mas nem para isso, ou são o ponto de partida para o desentendimento entre os homens e guerras intestinas, ou vivem acocoradas à sombra dos poderes que legitimam, pela não denúncia.

O homem poderia tentar resolver este conflito, originado pelo D.Camillo ou Peppone que existe em cada um de nós, antes da barbárie não tomar definitivamente conta do mundo, mas é já tarde, porque ninguém conseguirá falar sobre o egoísmo humano a um subnutrido. As hordas de famintos só não o fizeram já porque está a começar pelos mais desvalidos e indefesos, mas chegará um dia aos que conseguirão por o mundo num reboliço. Cuidem-se! Não haverá condomínio fechado seguro.

19 junho 2011

O Mito da "Renda Congelada"


Clique para continuar a ler este bom texto de Nuno Serra, no Ladrões de Bicicletas, sobre o falso problemas do "gelo das rendas". Ele que me desculpe o quantidade de link, mas  a causa justifica.

Os Nacionais Oportunismos.

Estou farto de patriotas que levam o tempo a lamentar-se do país que afinal esmifram, e se arvoram em comendadores esforçados, sempre de ajuda desinteressada.
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A operação publicitária da horta na Avenida da Liberdade, teve qualquer coisa de oportunista que não gostei. Ao Belmiro, já não comprava o jornal, agora, vou deixar de comprar as batatas. Cheguei a sair dos seus hipers sem cebolas por não as terem portuguesas e vêm agora com esta operação de maquilhagem falar do apoio à produção nacional. Ele distribuiu aquelas verduras aos pobrezinhos e ao mesmo tempo os produtores de leite foram impedidos de distribuir leite com a marca Continente cujo objectivo era mostrar que o leite Continente não era leite nacional. Não o conseguiram porque a polícia impediu, mas havia aqui em casa o yogurte de que junto a imagem que prova que os seus produtos lácteos são maioritariamente de outras origens que não Portugal, como se vê pelo símbolo ES, apesar do código de barras ser 560 (Portugal)

Nem Belmiro, nem Soares dos Santos a partir de agora. A dúvida é saber o que haverá no bairro que tenha resistido à hegemonia que o faz cantar de poleiro como se fosse um salvador de pátrias. Se o abraço da foto com os dentes em ops! não representa o seu contentamento por poder vir a despedir em breve sem justa causa, representa certamente o ressabiamento de quem não perdoou OPA’s mal sucedidas! Para que precisamos nós de troikas daquelas se temos patrioikas destes? Governe-se com as elites que abraça, porque vou passar a comprar no bairro e a contribuir para recuperar os empregos que destrói com a sua hegemonia, ainda que isso me acarrete um custo e que o merceeiro da zona seja afinal tão reaccionário como ele.

O nosso sangue pró lixo.

Quando não apetece escrever, uma solução é remeter para o que outros disseram bem:


09 junho 2011

Cavaco "quer"?



A predisposição dos portugueses para aceitar paternalismos que em situações de crise abrem portas a autoritarismos perigosos, pode ser expressa na forma como esta notícia é dada. Entre o que disse Cavaco em Castelo Branco e o que lemos e ouvimos por aí, vai uma diferença assinalável. Pela forma como a notícia foi dada apetece-nos dizer que Cavaco pode querer em casa dele, não em nossa casa, e isso seria injusto para Cavaco, porque não foi esse o sentido do seu discurso. Houve por isso, na origem, algum(a) zeloso(a) que decidiu que seria assim que a notícia deveria ser difunda. Algum(a) admirador(a) mais cavaquista que Cavaco, que não deveria pôr-se a alterar o sentido dos discursos do Presidente da República e a provocar em nós estas reacções.

06 junho 2011

O 5 de Junho de 2011

Relevos: Pergunta a jornalista a Sócrates (de memória): “Com esta derrota receia o aparecimento de novos processos judiciais?” A estupefacção só não terá mais relevo porque vai funcionar a protecção da corporação a esta jornalista. Mas foi sintomática a protecção imediata de Pires de Lima do CDS, dizendo que a encenação não permitia que os jornalistas colocassem as perguntas. O mote está dado para o período que aí vem. Patético: Fernando Nobre. Verdadeiramente patético: Fernando Nobre. Ausências: O Dr. Soares? Presenças: Manuel Alegre. Mau agoiro: O protagonismo de António José Seguro. O Futuro: A Esquerda vai continuar a comer-se a si própria, esquecendo que o ódio é o pior caldo de qualquer cultura. Conclusões: Não foi com o meu que a Direita venceu, mas contem comigo para a luta, embora seja tarde para mudarem agora de alvo, mas é sempre tempo. É assim que entendo a Esquerda, sem ódio nem sectarismo.

05 junho 2011

Cavaco "apela" e Passos "espera"...

O que quer isto dizer? Isto é conversa inócua à boca das urnas? Cavaco faz “forte apelo” para que todos cumpram “dever” e Passos diz que “Espero que o apelo do Presidente seja ouvido”, no entanto, é Garcia Pereira que vai ter problemas com a CNE por violação das regras. Tem razão camarada, depois do comportamento da Comunicação Social consigo e de outros que gostaríamos de ter ouvido, esta Democracia é mesmo de fachada, porque não pode haver mais sonsice do que o apelo de Cavaco e o aproveitamento do Passos. Estamos no limite do absurdo? Talvez, mas este “negócio” movimenta  dinheiro, não são amendoins e se as mensagens subliminares existem e são perigosas porque pervertem e se furtam às regras da comunicação formal, há que tirar disso as consequências. Das duas, uma: ou se pode fazer campanha ou não se pode andar enganar o pagode. É que nem sempre que Cavaco abre a boca é para papar bolo-rei. Se for em dia de eleições o desejo implícito nos seus convites só podem querer dizer uma coisa: read in my eyes, not on my lips, e não vejo nisto menos delito no que o que disse Garcia Pereira. Se é conversa da treta, dispensamos. Ou falam todos ou não fala ninguém!

03 junho 2011

Como Portas decidiu o meu voto.

Estava decidido não fazer aqui definições de estados d’alma nestas eleições, mas à semelhança de muitos, gostaria que estivessem a acontecer outras coisas entre nós, como não ser impunemente que se vê efmizar o país sem querer reflectir essa angústia nos políticos de serviço.

Sabem como busco as utopias que possam fazer-nos mudar de paradigma, e como procuro caminhos que sejam compatíveis entre essa busca, e a gestão organizada do regime que vivemos de forma a que não nos faltem horizontes de segurança. Esta Democracia já não nos representa, o que nós queremos mesmo, é participar nela. Esta, é aliás uma luta antiga que já me fez derivar por toda a Esquerda.

Mas chegamos ao momento da decisão e acabo de ouvir Portas dizer que há dezasseis deputados em disputa entre o CDS e o PS. Se ainda tinha as dúvidas motivadas pela recusa da Esquerda em levar aos abutres do FMI o meu protesto, elas acabaram aqui: Manuel Alegre não pode ser trocado por uma indecisão minha. Entre Portas e Alegre, não tenho a mais pequena dúvida. O meu voto não pode servir os intuitos da política que Portas representa. Há quem não o entenda, mas isso não entendo eu. O meu medo mesmo é da Direita. Tenham paciência.

01 junho 2011

A Renegociação da Dívida...

“Portugal terá eventualmente que renegociar a dívida.” Nogueira Leite junta-se assim ao BE e ao PCP, mas por razões distintas. Não é que eu não ache que não deva renegociar, mas só um cego não entende a estratégia. São duas numa: mais uma bicada no PS e a preparação do terreno para o seu falhanço na governação, se forem governo. Se tiverem que renegociar no futuro, a razão nunca será desta forma deles, ficam assim de mãos limpas para asneira de três em pipa. Donde: se quisermos renegociar a dívida… Hum!

Post Scriptum: Estava a tomar este Nogueira por panhonha, mas a jogada é de mestre, são afinal três em um, é que é também um apelo velado aos apoiantes da renegociação da dívida… Isto é o vale tudo, com escafandro!