08 maio 2012

Isto é um rastilho?...


Rangel condenado. Por isto!
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Leiam para saber quem acusou “quem” e de que forma, e quem, sentindo nisso a ofensa, sentenciou – quem sabe se pela consciência de sentir-se uma imanência do corpo ofendido -, para não terem vocês a veleidade de num país com uma justiça destas e obreiros de um calibre assim, se atreverem a achar a porra do que quer que seja, ainda que o que saibam seja do domínio público e que contribua para sermos o país mais miserável da Europa e dos confins do mundo, onde o deficit de justiça daria, se fosse pago, para vivermos todos à beira mar plantados no usufruto de uma reforma dourada. Já não somos javardos porque comemos de garfo, mas há ainda quem não possa ver uma gamela. Quero outro país! Quero uma Justiça no quilómetro zero. Quero os biltres em fila para o Linhó, e os pavões no churrasco. Mas Já!

P.S. Atentem no tempo que Comunicação Social vai dedicar a esta pérola da nossa (j)ustiça.

9 comentários:

folha seca disse...

Caro Graza
O que o Rangel disse, até eu sei e estou muito longe da área jornalistica ou juridica.
Vergonha!
Abraço
Rodrigo

Graza disse...

Quem me transmitiu a notícia, fê-lo com vontade de fazer uma revolução no momento em que a ouviu. Leia os comentários da notícia do Público. Isto é uma vergonha, Rodrigo.

Anónimo disse...

Não pode haver cidadão honesto que não se indigne. Que não tenha vontade de vir para a rua! Convocassem-me para isso que eu sentiria a revolva na ponta de uma arma se a tivesse! Isto é um escândalo, a barbaridade de um sub mundo atolado no poder de uma justiça canhestra, provocadora e imbecil. Portugal está a atravessar momentos difíceis e podem ser coisas como esta que podem ser o rastilho, não é preciso que seja como na Tunísia, com a morte de um vendedor ambulante à justiça de uma bala.

Rogério G.V. Pereira disse...

Quem proferiu a sentença, como juíza sindicalizada (associada?), vai ser beneficiada com a pena aplicada (50 mil euros)

Dá para perceber?

Outra coisa: que ideia essa chamar sindicato a uma Máfia?

Graza disse...

Talvez lhe tenham faltado aí umas aspas, mas entendo, porque a revolta faz bater as teclas mais depressa. Estou exatamente na mesma.

Devo ter andado muito distraído desde ontem, porque desde que soube a notícia hoje de tarde, por um amigo, tenho aguardado mais desenvolvimento nos telejornais e… nada. Das duas uma, ou me passou, nos poucos momentos em que não estive com atenção ou, e aí será grave, a Comunicação Social – que de alguma forma faz parte do novelo deste processo – está a dar o tratamento que mais lhe convêm. Vou tentar saber como foi esta notícia comunicada, porque o considero muito grave.

Não sei onde gasta a Associação da Meretíssima Juíza, os seus proventos, que mesmo não sendo uma entidade com fins lucrativos, os terá, para fazer face aos benefícios que dispensa aos seus associados, sei lá: visitas ou viagens culturais por exemplo… que era o que eu faria se fosse chefe daquela agremiação, mas admito que sendo sócia, de fato possa mesmo a senhora beneficiar de parte do valor que com aquela sua sentença se arrecadou. Voilá. E olha lá… se a moda pega! Ui! Já para não falar na hipótese de a senhora ser casada, e sê-lo com um Magistrado. Então assim, seria a dobrar.

Um abraço.

Alexandre de Castro disse...

Amigo Grazina:
Na realidade, é revoltante. Foi uma sentença desproporcionada em relação aos eventuais ilícitos cometidos. O tribunal fez um julgamento em causa própria. O lobiie da justiça é tremendo. Aliás, Portugal é um somatório de lobies, que se degladiam.
Um abraço

Graza disse...

Alexandre:
Que não se pense que é a defesa do Rangel que aqui faço. Julgo que a minha indignação vem do facto de considerar uma aberração, não sei porque não jurídica, não sei porque não constitucional, diria até, um aborto, qualquer coisa de contra natura de tão estranho me parecer a institucionalização de órgãos em que Juízes e Magistrados decidiram juntar-se para tratar da sua vidinha. Julgo que o risível desta pantomina só se tornará visível e claro aos olhos de todos, se os Deputados – o outro pilar do Estado - pegando no mesmo direito se arregimentarem num sindicato, para se defenderem juridicamente de cada vez que lhes quisermos dar no toutiço, ou sempre que se acharem no direito de ir todos ver o futebol. Tenho o direito como cidadão de não querer atribuir mais poderes do que os que uma Democracia recomenda, aos homens da Justiça, porque, independentes e intocáveis já são até ao fim da vida, desde que acabam os seus estudos judiciários. A concatenação em mais um organismo ao qual são devidos atendimentos que outras classes profissionais só ali encontram, não deixa de ser a atribuição de mais poder, e isso, não quero dar, e isso não sei quem achou que teriam direito, a menos que tivessem sido eles próprios e alguém tenha assobiado pró lado, e processos kafkianos destes, são já um caso de polícia.

Um abraço.

Ricardo Sardo disse...

Vou escrever algumas palavras sobre esta decisão. Mas deixo aqui um vídeo que, há dias, já o tinha repescado de um post antigo e que nos deve recordar, a todos, como funciona a nossa justiça:
http://www.youtube.com/watch?v=Td1XjsMRIt0&feature=player_embedded
Abraço.

Graza disse...

Terrível esta gravação! E o que espanta nestas questões é a despenalização que fazem disto, pessoas tidas por impolutas e a quem damos credibilidade. O MST por exemplo, e outros! Não é triste este efeito apagador que o futebol exerce sobre a honestidade do mais empertigado e sério cidadão?