29 junho 2012

Congresso Democrático das Alternativas: Mais uma sigla?

Estou ao fim de todos estes anos em rutura com algumas convicções que considerava mais ou menos consolidadas. Em parte, porque a não verificação de entendimentos políticos à Esquerda está a dar lugar a uma descrença no atual sistema parlamentar, por resultar numa deficiente representação do cidadão, parecendo o efeito do seu voto uma quase inutilidade face ao estado do país. O comportamento sectário persistente de gente bem instalada na política, que pacientemente aguarda a reforma, contamina e está a desacreditar este sistema. A Democracia deixou enredar-se por cíclicas máquinas de caça ao voto que, dizendo de uma forma menos ortodoxa, acabam por ser de caça níqueis, por via do valor monetário da nossa votação, convertida na percentagem da dotação orçamental anual que lhes cabe consoante o score eleitoral. Tenho a estranha sensação de que alguma coisa não anda bem, pela deturpação dos nobres objetivos que deveriam ser o de servir o país, provocada pela mercantilização das causas.
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O Mundo está em mudança; uma evolução muito rápida e entre os vários processos com dificuldades para seguir esse compasso, de que é exemplo a adaptação do Ensino, está o processo da representação política e o seu desempenho, que parece ter fossilizado e não ter respostas a tempo, precisando de revisão urgente sobre pena da desmobilização total do cidadão. Este efeito tem um impacto mais visível nos países das áreas periféricas da economia como é o nosso. Chegou também por esta última razão, a altura de nos questionarmos sem medo: Não precisará o atual sistema, no seu formato e modus operandi de uma profunda refundação? A dúvida é se os atuais atores, e os que tiram vantagens através de uma rede institucional sediada num conluio com o aparelho legislativo, também a querem fazer e estão de acordo em colocar em risco o futuro da sua profissão, ou seja: o da Política com as suas conexões, porque não há nada que mais custe ao sacrificado cidadão do que ser considerado Invejoso Social, só porque olha à sua volta e refila por sentir-se o sacrificado pagador de tanta mordomia. Embora pareça, não estou a incluir nestas,  a estória dos recentes menus do bar da Assembleia da República que por aí circulam depreciativamente, por não podermos culpar um Parlamento pelo desvario momentâneo dos administradores da casa. Chega; os tempos têm que deixar de ser de reflexão. Temos que passar à ação.
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Dou contudo a um Congresso com esta propositura o benefício da dúvida, como derradeira alternativa, porque seria de alguma petulância não o fazer conhecendo antecipadamente o pensamento de alguns que o subscreveram e por quem tenho admiração. Mas haverá por lá gente a ter que fazer grandes reflexões para que eu fique convencido.
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Links para melhor o entendermos: No Arrastão. E esclarecimento do PCP.

25 junho 2012

“HISTÓRIA DA CIA – Um Legado de Cinzas”

(REEDITADO e em actualização face à gravidade do momento)

ÚLTIMA HORA: E agora, será um “Golpe à la Bolívia”? Já durava de mais na América Latina, esta coisa de Presidentes eleitos democraticamente pelo povo que os Americanos do EUA não gostam, se manterem empossados durante tanto tempo. A América do Sul nunca será deixada em paz enquanto aos seus vizinhos do Norte só servirem algum "tipo" de democracias. Eles terão que reinventar sempre Pinochets, Videlas, Stroessners, Fujimoris, Somozas, Trujillos, porque são esses que sempre lhes servem.

Foi há pouco tempo o Presidente Fernando Lugo, do Paraguai, demitido num Golpe de Estado palaciano, e é agora o Presidente Evo Morales, da Bolívia, a dar também o alarme para o seu país, curiosamente numa provocação idêntica. Haverá certamente outras mãos por detrás de tudo isto. É nestes momentos que me lembro desse extraordinário livro que é “HISTÓRIA DA CIA – Um Legado de Cinzas”, vencedor do “Book Award”, escrito por Tim Weiner, premiado com o prémio Pulitzer, - obrigatório em qualquer biblioteca de um democrata - porque só quando a informação, agora classificada de Secreta, for desclassificada daqui a 20 anos, é que saberemos o que aconteceu realmente. Veja-se a notícia: Evo Morales teme Golpe de Estado.

REEDIÇÃO: Já depois de editado este post tive conhecimento do vídeo que segue. De facto, pode muito bem estar em marcha qualquer coisa parecida como a célebre Operação Condor, porque haverá na América Latina aliados suficientes dos americanos para a porem em prática: 

Vídeo removido.


Vejam no link o que foi a Operação Condor na América do Sul, na década de 70/80, e um mapa cronológico da sua implantação. (Fonte Wikipédia):


Paco Ibañez, no Olympia. “Soldadito Boliviano”:


Nota: Face às poucas notícias da nossa C.S. experimentem a Telesur, no Canal 223. Por ali ficamos a saber que existem movimentos de apoio a Fernando Lugo e a Evo Morales que até agora não vimos por aqui noticiados com o relevo que deveriam ter.

24 junho 2012

"Golpe à la Paraguai"


O que está a passar-se no Paraguai? Que informação credível nos dão sobre o que se passou? Não estaremos outra vez a ser manipulados? Não fosse o Facebook e estaria por fora de mais um atentado à Democracia. Pesquisem se querem saber mais porque a nossa Comunicação Social tem talas nos olhos. Leiam aqui por exemplo no Diário de Cuiabá: “Golpe à la Paraguai”.

15 junho 2012

Pela Grécia!




Nas eleições de 6 de Maio o povo grego exprimiu democraticamente a sua vontade, manifestando a sua oposição às condições impostas pelo programa de assistência financeira. Essas condições lançaram os gregos no desespero e na miséria. Pela sua brutalidade, as medidas do programa estão a dilacerar a sociedade grega, provocando rupturas incompatíveis com uma recuperação social e económica que salvaguardem padrões de vida aceitáveis para a dignidade de todo o povo.

Goradas as negociações para a constituição de um governo, os gregos vão regressar às urnas no próximo dia 17 de Junho. Trata-se de uma decisão enquadrada nas regras democráticas daquele país. Porém, está a assistir-se da parte dos mais altos representantes das instâncias internacionais a declarações que em nada facilitam uma solução ajustada à situação que se vive naquele país. Pelo contrário, as tomadas de posição já conhecidas vão no sentido de influenciar e condicionar a liberdade de escolha e decisão dos gregos, ao colocar na agenda política, ao arrepio dos tratados europeus, a sua saída da zona euro com todas as consequências daí decorrentes.

Por outro lado, no mesmo sentido da consulta eleitoral na Grécia, os resultados das consultas eleitorais realizadas recentemente em França, na Alemanha, em Itália e no Reino Unido deram um sinal inequívoco de que também naqueles países as populações estão a rejeitar as medidas de austeridade que lhes querem impor em nome de um ajustamento orçamental cujos exemplos já conhecidos em nada estão a contribuir para melhorar as economias, nem sequer se revelam úteis para atingir o apregoado objectivo de resolver o problema das suas dívidas públicas.

Por estas razões, os signatários desta carta aberta entendem que nas actuais circunstâncias se deve expressar todo o apoio e solidariedade ao povo grego, exigindo o cancelamento das medidas de austeridade que lhe foram impostas. Entendem também que os governos europeus não devem poupar esforços junto da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu para serem encontradas soluções que aliviem a tensão vivida em toda a Europa. Exigem, finalmente, que sejam respeitados os resultados das eleições de 17 de Junho enquanto escolha democrática do povo grego.

Lisboa, 23 de Maio de 2012"

10 junho 2012

10 de Junho de 2012



Este boneco sobre o 10 de Junho ficará certamente como um dos melhores que alguma vez vi. Parabéns João porque de facto uma imagem pode ser mais demolidora que mil palavras. Veja aqui: Wehavekaosinthegarden.

09 junho 2012

Desafio II

Senti-me desafiado aqui por esta forma de apoio:

Desafio I

Somos um povo estranho: para a caridadezinha, mobilizamo-nos, vimos para a rua, fazemos festa, mas para a luta que pode impedir o descalabro que nos faz miseráveis ficamos em casa. Inertes. Esperando que o outro faça. Isto é o quê? Uma espécie de cobardia ou ainda os resultados da Inquisição? Gostava de ver este povo de espinha direita e não assim: curvado, mole, desalentado, pronto apenas para as coisas da misericórdia, do pio. Não nos faltará um pouco de Diabo para compensar?
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Saltem da toca! Venham para a luta que está já aí em tanta movimentação e tanta cor exceto o laranja e a cor de burro quando foge de submarinos, porque para ajudar já sabemos quem somos, precisamos de levar ao limite o esforço para nos salvar.
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Este apelo não é para os que têm a qualidade de ter já um coração ambivalente.

05 junho 2012

Movimento Sem Emprego

É na grande acutilância das ações deste grupo que formou o Movimento Sem Emprego, que está o êxito da visibilidade que começa a ter sua mensagem. Isto prova que em momento nenhum se deve baixar os braços se quisermos alcançar um objetivo. É nessa propagação non stop das suas ações de divulgação que está a sua força, ao conseguirem dizer que existem praticamente sem recursos porque, como se compreende, uns estão desempregados e outros navegam em idênticas precariedades. É isso que nos deve fazer ajudá-los, porque existem jovens que ainda não conseguiram o primeiro emprego, gente com família a cargo em desespero, gente com ou sem filiações partidárias, gente que não quer dar a cara por receio, gente com um futuro muito incerto à frente; e também, porque é preciso deixar de refletir para passar a agir.
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Não basta concordar, passe a mensagem. Deixe o partido em casa e venham ajudá-los promover a mensagem. Esteja dia 30 no Lg. de Camões ou na Batalha, no Porto.

E a primeira vítima do caldo Relvas foi…

Não. Não foi ele próprio. Foi a própria jornaliiista! Não estava bem de ver? Ver aqui.

03 junho 2012

Pelo DIREITO ao TRABALHO

(REEDITADO)