30 janeiro 2013

Isto é um Bastonário: Marinho e Pinto.

(Reeditado)

Advogados deste país! – Nem todos… - Orgulhem-se do Bastonário que têm que eu por mim tenho é pena de não ter carteira para ter podido votar nele. Até as teias de aranha daquela sala tremeram com o discurso! O resto foram a caras de enjoados dos que se sentiram atingidos. Perfilo-me na ala dos que subscrevem tudo quanto disse. Obrigado por ter resgatado Ary dos Santos de uma forma tão sublime.

Reedição para colocação do link do discurso. Aqui

19 janeiro 2013

Desatentos, desorganizados e desmobilizados.



Do Facebook:

“Vou clicar “Talvez” para poder dizer apenas o que penso e porque não sei se ganharei ânimo até lá.

“Norte e Sul unidos por uma causa…BASTA”. “Norte e Sul”. “causa”. “unidos”. Mas porquê Norte e Sul? Há algum problema em Portugal entre o Norte e o Sul, para ser Norte e Sul “unidos”? É que até parece que andam desunidos e se unem agora por causa de uma causa. Mas pronto foi o título escolhido que pouco diz e para o qual se tem que arranjar pica. E porquê 2 de Fevereiro? Sei lá se quando lá chegar vou ter vontade de vir prá rua em nome não sei já de que slogan? Como é possível mobilizarmos-nos se chegamos a um ação só com a tralha velha que temos na cabeça, já mais do que vertida em todas as ações em que andamos? Por que razão não estão atentos ao que se passa, ligados, bem conectados, “unidos”, o tal “hub”, lembram-se? A “rede”! Uma porra de uma “caixinha” ou “plataforma” ou o que lhe queiram chamar onde todos se reconheçam e ninguém consiga tocar na capelinha que cada um comanda, e saem prá rua quando deveriam efetivamente sair porque há um motivo que indigna? Agora, indignar-me com data e hora marcada?! Eh pá! Isso não é verdadeiro. É já do foro da teatralidade. Onde andaram nestes últimos quatro dias? Estiveram cá? Souberam o que se passou no Palácio Foz? Pois é… Faltou “hub”. A vossa negligência e a de muito Povo desatento causou-me mossa, porque me desanimou. Entretanto eles apregoaram que falaram em vosso nome: no da sociedade civil! Mas não me pareceu que isso vos indignasse porque não estiveram lá.

Desculpem lá este desabafo, mas o que quero transmitir é que não vale a pena enchermos terreiros e praças se não for com indignação verdadeira. Irmos para isto entre um chá, uma torrada e uma mini, num dia em que eles até nem estão a fazer mal nenhum e desprezar-mos aqueles em que estão num púlpito a falar em nosso nome e a calar toda a Comunicação Social, é mesmo de arrepelar os cabelos! Alguma coisa de errado se passa connosco quando achamos que com praça cheia, tá bom, resultou.”

Resumindo: é isto que os leva a sentir falta de pressão e traz os moedas e os relvas em roda livre a cumprir a sua agenda. Esta agenda:

16 janeiro 2013

Hoje não sou português.





Façam-me o favor de não parar a música! Será desativada quando voltar a ser português.

Depois do que disse no texto anterior, e de ter-se confirmado o alheamento dos portugueses pelo que se passou nestes dois dias no Palácio Foz, só tenho uma alternativa: fazer de conta que não sou português. Escolhi uma nacionalidade. Latina para não destoar da cor do cabelo. Troquei a viola do fado e adotei o bandolim, ou melhor, il mandolino. Preciso que passe esta tristeza feita de raiva. Muita raiva surda pelo falhado do povo a que pertenço. Sempre dependentes de uma ordem de comando sabem lá o que é cidadania! Em 15 de Setembro acordaram quando lhe queriam mexer no bolso para dar ao patrão, - fuinhas é o que são! - Hoje, para além de deixarem que o estivessem a tramar com verbas maiores, permitiram sem um protesto que se visse que em seu nome se construísse uma farsa monumental e se fizesse um dos maiores ataques que vi depois do 25 de Abril à liberdade de informar. Este povo pelo qual luto quando ando na rua virou-nos as costas e deixou que outros se mancomunassem lá dentro dizendo que era em nosso nome… “a sociedade civil”! Não lhes perdoo que não tenham sabido ouvir as notícias, porque, caramba! Tivemos um treino de 50 anos a ler nas entrelinhas. Hoje só me ocorrem nomes maus e com o epíteto de “falhado” até eu teria que fazer alguma coisa para me demarcar se fosse acusado disso, vou por isso parar para não vos ter aqui a pedirem-me meças pelas afrontas que vos faço. Mas posso sempre dizer como o outro: “Vocês sabem de quem eu falo…”.

Hoje sou italiano, - fazendo justiça à origem dos nomes de família - que têm ao menos músicas que nos puxam a cabeça para cima em cada trinado das cordas. Tomem lá outra:

  

15 janeiro 2013

Jornalistas portugueses! Onde estão?



Governantes desastrosos, amigos, e outros indiferenciados seduzidos e envaidecidos, excitados no élan da pertença a uma causa comum: a de “refundar” Portugal, conferenciam no Palácio Foz, inoculados do pífio espírito “refundador” por entre a seca de discursos redundantes, onde em efémeros lampejos tem visões de um Portugal/coutada definitivamente delimitado e proibido às hordas de famintos, debatem os nossos destinos numa conferência hermafrodita, que desprovida de meios autónomos só pode auto gerar mostrengos de ideias iguais a eles próprios. Chamam-lhe depois "...aberta à sociedade civil"! Os argumentos invocados obrigam-nos a tentar saber “quem” foram os convidados, porque estando presentes subscreveram as condições em que decorreu esta afronta. Um deles, Oliveira Martins deveria ter vergonha de ter andado por lá a sorrir. Nunca tinha assistido a uma coisa destas desde o 25 de Abril e espanta-me, mas espanta-me mesmo, não ver amanhã uma Revolução na rua por esta afronta ao Povo português. Já não estamos a caminho, temos o monstro em casa. Mas também temos os rostos dele.